sexta-feira, 9 de abril de 2010
Revolta da Matemátca
Reuniram-se um dia várias rectas, semi-rectas, variáveis, sólidos, fracções e outras individualidades da Matemática. Estavam em causa alterações de várias regras, que de obsoletas, atentavam contra o bom relacionamento entre as diferentes entidades. Havia grande revolta na sala, pelo que algumas entidades resolveram sair. Perante a insistência da potência em monopolizar o debate, elevando cada vez mais o seu expoente, eis que uma bela incógnita resolve chamar o capataz. Este olha para a bela incógnita e mira-a dum ápice à base, e não resiste ao seu pedido. Ao deslocar-se à reunião, encontra na rua vários números à conversa. O que é isto? Não deviam estar lá dentro? O que fazem aqui fora? Desculpe, mas somos primos e temos algumas afinidades. A partir de agora acabaram-se essas afinidades, entrem e reduzam-se ao vosso valor absoluto. O capataz, na sua ignorância larvar, faz uma intervenção elevada ao expoente máxmo da demagogia e proibe terminantemente a existência do infinito, impondo limites finitos a quem não lhe obedecesse. Convidou uma hipérbole para fazer uma fracção consigo, em que ele seria o numerador. Passou a ser a fracção mais ordinária na história da Matemática. Convidou também várias parábolas que por ali passavam, para trabalharem consigo, prometendo-lhes muitas facilidades no seu crescimento infinito, desprezando o próprio sistema de eixos cartezianos, e dando-lhes autoridade para reduzir qualquer fracção menos dócil, a uma dízima finita. Proibiu ainda a existênciade tangentes, secantes e outros contactos entre quaisquer entidades, pois estes representavam o pior risco para a propagação da gripe dita A, ao que parece mais inofensiva que a dita B. Ficou marcado novo encontro sem a presença do capataz.
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