domingo, 25 de abril de 2010

As artes com défice de liberdade


Decorria uma conversa muito animada entre várias cores num atelier, quando uma delas se lembra de pôr à discussão qual a cor que devia ser usada para pintar a 5ª dimensão. Depois de vários ensaios, de se misturarem umas com as outras (pois agora já não existe o perigo de propagação da gripe A, se alguma vez existiu!) estavam a chegar a uma conclusão, só faltava dar o nome à cor apurada. Gerou-se alguma euforia no atelier, expressa por vivas e palmas. Eis então que entra alguém, para quem o preto e o branco são as únicas cores que reconhece, e manifestando uma autoridade credenciada nos limites da sua ignorância, apresta-se logo para solucionar tal problema.Diz então:-Se só temos duas cores, não precisamos de mais dimensões. Vá lá ,permito uma 3ª dimensão onde pode ser usado o cinzento. Tal permissão encheu-o de orgulho pois passou a reconhecer mais uma cor, o cinzento. A partir desse momento o cinzento passou a ser a sua cor preferida.

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