quinta-feira, 29 de abril de 2010

Estória


Estavam um dia vários alunos num laboratório de Química, a tentar resolver um problema que a professora lhes tinha posto, e que consistia na descoberta da origem de uma substância desconhecida. Verificaram que esta não se mexia. Verificaram que não tinha cheiro.

Conclusão:

-Se não mexe, não pertence à Biologia.

-Se cheirasse mal, pertencia à Química.

- Se não funciona, não pertence à Física.

-Se ninguém a entende, pertence à Matemática.

-Se não faz sentido, pertence à Economia ou à Psicologia.

- Se não mexe, não tem cheiro, ninguém entende, não funciona e não faz sentido, pertence à Informática...

Aos meus amigos


Um dia participei numa reunião em que se discutiam os malefícios do tabaco,chegando-se á conclusão que o tabaco fazia mal. A partir daí, deixei de fumar. Numa outra reunião disseram-me que o álcool em excesso fazia mal. Deixei de beber. Há dias convidaram-me para uma reunião e disseram-me que os meus amigos me estavam a fazer mal. A partir daí deixei de participar em reuniões

Aos meus amigos


Os meus amigos não têm defeitos. Os meus inimigos, se não tiverem, eu ponho.

Poesia

de José Régio, Cântico Negro por João Villaret

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Eu vivo, tu existes,ele vive


Sinais D´ESTES TEMPOS
Viver vai sendo uma coisa cada vez mais rara. A maioria das pessoas apenas existe

Ai o dono













Há sempre alguém que diz ao capataz ( por medo ou vá-se lá saber porquê ):


Chefe, só existem duas pessoas de quem eu gosto nesta vida: uma é o senhor e a outra é quem o senhor indicar.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Indignação no sistema solar


Estavam os planetas do sistema solar a girar em volta do sol, quando se apercebem que há um intruso no sistema. O que é isto? Reclama Vénus. É um intruso que foi cuspido da Terra, responde Marte. E como veio aqui parar? Afastem-no para perto de Plutão, que o Sol já está incomodado com a sua presença. Mas o que pretende ele ao colocar-se na nossa órbita? Parece-me que é já um hábito antigo. Começa por colocar-se junto a alguma órbita, para ao mínimo descuido tomar o lugar nessa órbita, como de um "habitué" se tratasse.Este é o tipo de intrusos que não tem passado, viveu sempre de expedientes, e só terá futuro se nós o permitir-mos. Utiliza os contextos de forma a poder ter presente, e alguns planetas até creem que tem qualidades, dado o seu expediente. Um perigo para os incautos, e um deus para aqueles que quiseram um dia ser como ele, mas não conseguiram.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quem disse isto?


No mundo só existem dois tipos de pessoas, as que concordam comigo e as equivocadas.


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E agora digo eu:


No teatro do poder, todos são formados em artes cínicas

Mário Viegas

Mário Viegas-poemas de cabaret

domingo, 25 de abril de 2010

Dúvida da semana(Matemática)


Será que multiplicar números primos é incesto?
Dúvida do capataz.

Fatos há muitos




Porquê o capataz? Esta figura reúne um conjunto de características que ainda hoje encontramos em muito boa gente. Parece um fato feito à medida, mas só o veste quem tem determinadas "medidas". E só o veste quem quer. Posto isto, continuarei, muitas vezes sem o nomear, mas sempre "enaltecendo" os seus actos e procedimentos. Existe um capataz em cada esquina. Para qualquer capataz, errar é humano, mas colocar a culpa em alguém, já é estratégico.


Aliás vivemos numa época em que o fim do mundo não assusta tanto como o fim do mês.

Xico Buarque-tanto mar

Vejam e ouçam este vídeo do Xico Buarque.

36 anos depois, será que o sonho ainda existe? Eu acho que sim, apesar de tudo.

As artes com défice de liberdade


Decorria uma conversa muito animada entre várias cores num atelier, quando uma delas se lembra de pôr à discussão qual a cor que devia ser usada para pintar a 5ª dimensão. Depois de vários ensaios, de se misturarem umas com as outras (pois agora já não existe o perigo de propagação da gripe A, se alguma vez existiu!) estavam a chegar a uma conclusão, só faltava dar o nome à cor apurada. Gerou-se alguma euforia no atelier, expressa por vivas e palmas. Eis então que entra alguém, para quem o preto e o branco são as únicas cores que reconhece, e manifestando uma autoridade credenciada nos limites da sua ignorância, apresta-se logo para solucionar tal problema.Diz então:-Se só temos duas cores, não precisamos de mais dimensões. Vá lá ,permito uma 3ª dimensão onde pode ser usado o cinzento. Tal permissão encheu-o de orgulho pois passou a reconhecer mais uma cor, o cinzento. A partir desse momento o cinzento passou a ser a sua cor preferida.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Medo


Alguém assustado perante uma trovoada, pergunta ao capataz: -Não será perigoso estar aqui,pode cair algum raio. Responde o capataz:- Perigoso era se caíssem diâmetros, agora raios não.


terça-feira, 20 de abril de 2010

Lista de filmes concorrentes ao festival de cinema bit and byte


Categoria Infantil:

-ET o editor de texto

-Olha quem está digitando

-Se o meu Modem falasse

- O Mágico de OS-2


Categoria Drama

-E tudo o vírus levou

-A Insustentável leveza do C

-Uma janela para Dos

-Nove semanas e meia de análise


Categoria Aventura

- Corre que o vírus vem aí
-XT, o extra terrestre

- Ali Baba e os 40 Pcs

-Bytman


Categoria Comédia

Apertem os cintos que o sistema caíu

-Querida, formatei o HD



Categoria Terror

-A volta dos mouses vivos

-o Pc de Rosemary

-A invasão das Rams

E perguntam-me vocês: -E o capataz que é feito dele?Agora entrámos na era das novas tecnologias, e elas ainda não existiam nos tempos do capataz

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O capataz

Quem não ouviu falar já dessa figura mítica que semeou hábitos e procedimentos que ainda hoje são seguidos por muito boa gente. Figura realmente com qualidades meritórias, mas para quem? Elegi-o como figura central deste blogue exactamente por reconhecer todos os seus méritos, e por achar que esta figura lendária consegue, na minha opinião, temperar com algum humor algumas frases que de outra maneira não teriam o mesmo sentido. Lamento porém que ainda hajam procedimentos que possam ressuscitar esta figura. O problema neste caso já me ultrapassa, e estarei definitivamente empenhado em ridicularizar tais procedimentos, tanto possam ser de capataz, como de outro idiota qualquer. Utilizarei as palavras que entender necessárias para mostrar a minha indignação. Mas acreditem que muitas vezes não existem palavras, por mais baixo nível que possam ter, para classificar os actos praticados.
Este blogue pretende ter algum sentido de humor. Pelas reacções, terá conseguido junto de algumas pessoas e doutras não. Irei continuar a escrever, com as limitações que tenho, e procurando ridicularizar tudo aquilo que eu ache que seja susceptível de o ser.Talvez possa aparecer outra figura que substitua o capataz.

Vejam como é lindo o Alentejo


domingo, 18 de abril de 2010

Frase da semana


O capataz recusou-se a continuar o jogo de xadrez, alegando que estavam no tabuleiro dois bispos pedófilos.
Nesse dia não tinha vestidas as calças castanhas...
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Algumas vezes acho que o capataz é idiota. Mas só algumas, porque na maioria tenho a certeza.

sábado, 17 de abril de 2010

Enganar o próximo


Conhecem aquela estória em que se diz que Napoleão Bonaparte quando ia para as batalhas levava sempre vestida uma camisa vermelha. Se fosse ferido, as tropas não se apercebiam e não ficavam desmoralizadas. É pela mesma razão que o capataz anda sempre vestido com calças castanhas.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Zé Mário Branco-FMI

Não sei se se recordam da última crise económica em Portugal, antes da actual. Numa altura em que o F.M.I. ditava as suas regras, e nos impunha os sacrifícios, em nome dum futuro melhor. Estivémos distraídos durante anos, e deixámos que os capatazes se aproveitassem disso. O futuro melhor só chegou para eles. Saíram das cinzas, e aí estão eles espalhados por todo o lado, hipotecando-nos não só o futuro, mas também já o presente. Como diz o cantor" a vida é feita de pequenos nadas". São estes pequenos nadas que nos foram tirando, esses abutres credenciados. E agora vem o chamado PEC, que eu chamaria de PEK( Plano para a Estabilização do Kuduro). Antes o Kuduro que uma cambada de capatazes balofos a esvaziarem-nos os bolsos.
Ouçam este texto do Zé Mário Branco e digam lá se se existe alguma diferença entre o FMI e o Banco Central Europeu. Todos pelo Kuduro....

parte I parteII

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A música em agonia

Respeitando os limites dos decibéis estavam duas colcheias a dar liberdade à sua criatividade, saltando de linha em linha da pauta musical, quando foram surpreendidas pela clave de sol. que se fazia acompanhar de uma figura com ar de desconhecido e que se apresentou como sendo o capataz.


Afinal que liberdade é esta, na pauta musical, sem a presença da clave de sol? Perguntou o dito capataz. E onde estão as fusas, as semi-fusas e as colcheias? Quem deixou linha da pauta musical torta? As outras notas estão ali à conversa com Schubert, responde uma colcheia. E quem é esse Schubert, joga no Benfica ou no Porto? pergunta o capataz. É ponta de lança? Se joga no Porto, ele que desapareça já, e vocês quero-as em fila indiana à minha frente, para perceberem quem manda aqui.

A ronda do capataz


Ao chegar ao seu posto de trabalho, o capataz monta-se no seu burro e inicia a ronda diária pela herdade, tomando nota de algo que não esteja conforme. Já agora, sabem porque é que o capataz faz a ronda de burro, porque acha que duas cabeças pensam melhor que uma.
Depois de conferirem os dados observados, despedem-se até ao dia seguinte.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Momento de Poesia

Um momento de poesia. Veja e ouça de Natália Correia, , Eugénio de Andrade, , alguns poemas, e as vozes inconfundíveis do Mário Viegas e do João Villaret.
Natália CorreiaM. Viegas
João VillaretM. Viegas

Manifesto anti-Dantas

Estavam o Eça e o Bocage no cais das colunas a observar os barcos que se aproximavam de Lisboa, quando apareceu Fernando Pessoa e os convidou para beber um café no Martinho da Arcada. Quando atravessavam o Terreiro do Paço, encontraram Einstein e Pitágoras a tirar fotografias junto à Estátua de D. José. Convidaram-nos também para um café no Martinho. Diz o Pitágoras para o Eça:- É pá vocês têm p´raí uma figura, que já se supunha extinta. Diz o Bocage:- É a nossa mania de sermos originais.Não me digam que estão a falar do capataz, diz Einstein. Sim, diz Pitágoras. Querem saber que no outro dia o encontrei a fazer-se a uma hipotnusa, proibindo-a de se encontrar com os catetos, pondo em causa o meu Teorema, que tantas horas me levou a investigar.Ó Pessoa, vocês não têm por cá um tipo, que fez um tal de manifesto anti-Dantas?Pergunta o Einstein.Temos, é o Almada. Diz Bocage. Já agora, vou pedir-lhe que faça um manifesto anti-capataz. Mas enquanto isso não acontece, vá ouvindo o Manifesto anti-Dantas, na voz do Mário Viegas.

parte1
Parte2

terça-feira, 13 de abril de 2010

Hierarquias


As hierarquias são como prateleiras, quanto mais altas, mais inúteis.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Frase da semana




Os capatazes e as fraldas devem ser mudados frequentemente pela mesma razão.

Irreverência da Físico-Química


Estavam duas bases entretidas a experimentar roupas novas, quando aparecem dois sais com vontade de as provocar. De repente atravessa-se-lhes no caminho uma provete toda vaidosa. Virando-se para um dos sais, diz-lhe com ar de carneiro mal morto: - Afinal reages ou não? Ou terei que ir chamar os ácidos? Na sala ao lado estava a desenrolar-se uma corrida entre protões e electrões, em circuito fechado. Sentados numa mesa ao lado estavam Einstein, Ampere, Boyle e Lavoisier que assistiam pasmados à vida própria que estas criaturas estavam a ganhar. Ampere ia estando ao corrente do que se passava. Boyle resolveu ir-se embora, pois não aguentava a pressão. Einstein ficou a assistir porque para ele tudo era relativo. Lavoisier foi-se embora porque não perdia nem ganhava nada.
Tocaram à porta. Einstein vai abrir e aparece o capataz mascarado de saco do lixo quase cheio, disposto a fazer uma limpeza no laboratório.Então Einstein diz-lhe: - Relativiza-te saco de lixo. Não percebes que o teu lugar é no aterro sanitário? Xou.

informática

Um ficheiro de Excel tem extensão xls
Um Ficheiro de Word tem extensão doc ou docx
Se capataz fosse ficheiro tinha extensão fdp

Natália Correia- poema

Queixa das almas jovens censuradas


Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola

Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade

Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência

Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro

Penteiam-nos os crâneos ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós

Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo

Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro

Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco

Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura

Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante

Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino

Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte

domingo, 11 de abril de 2010

Soneto de Ary dos Santos

Fecham-se os dedos donde corre a esperança,
Toldam-se os olhos donde corre a vida.
Porquê esperar, porquê, se não se alcança
Mais do que a angústia que nos é devida?

Antes aproveitar a nossa herança
De intenções e palavras proibidas.
Antes rirmos do anjo, cuja lança
Nos expulsa da terra prometida.

Antes sofrer a raiva e o sarcasmo,
Antes o olhar que peca, a mão que rouba,
O gesto que estrangula, a voz que grita.

Antes viver do que morrer no pasmo
Do nada que nos surge e nos devora,
Do monstro que inventámos e nos fita

A revolta das línguas


O capataz, na sua ânsia desmesurada de mandar, resolveu poupar nos gastos de alguns produtos. E como picuinhas que é, o primeiro corte foi na cola. A partir desse momento criou-se a confusão geral nas letras. Os acentos e os apóstrofes não se seguravam, os títulos dos textos caíam e até as palavras caíam dos textos. Gerou-se então grande revolta nas letras. o Francês e o Inglês refugiram-se nas suas embaixadas, e o Latim viu-se grego para se safar desta confusão. O Português ameaçou-o com poemas do Ary dos Santos e da Natália Correia. Sem efeito. O capataz manteve-se na sua, e até ameaçou tudo e todos de "blackout". Pediram ao Bocage que tomasse conta do sucedido. Apareceu então o Eça, que juntamente com o Bocage começaram a chamar o boi pelo nome.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Revolta da Matemátca

Reuniram-se um dia várias rectas, semi-rectas, variáveis, sólidos, fracções e outras individualidades da Matemática. Estavam em causa alterações de várias regras, que de obsoletas, atentavam contra o bom relacionamento entre as diferentes entidades. Havia grande revolta na sala, pelo que algumas entidades resolveram sair. Perante a insistência da potência em monopolizar o debate, elevando cada vez mais o seu expoente, eis que uma bela incógnita resolve chamar o capataz. Este olha para a bela incógnita e mira-a dum ápice à base, e não resiste ao seu pedido. Ao deslocar-se à reunião, encontra na rua vários números à conversa. O que é isto? Não deviam estar lá dentro? O que fazem aqui fora? Desculpe, mas somos primos e temos algumas afinidades. A partir de agora acabaram-se essas afinidades, entrem e reduzam-se ao vosso valor absoluto. O capataz, na sua ignorância larvar, faz uma intervenção elevada ao expoente máxmo da demagogia e proibe terminantemente a existência do infinito, impondo limites finitos a quem não lhe obedecesse. Convidou uma hipérbole para fazer uma fracção consigo, em que ele seria o numerador. Passou a ser a fracção mais ordinária na história da Matemática. Convidou também várias parábolas que por ali passavam, para trabalharem consigo, prometendo-lhes muitas facilidades no seu crescimento infinito, desprezando o próprio sistema de eixos cartezianos, e dando-lhes autoridade para reduzir qualquer fracção menos dócil, a uma dízima finita. Proibiu ainda a existênciade tangentes, secantes e outros contactos entre quaisquer entidades, pois estes representavam o pior risco para a propagação da gripe dita A, ao que parece mais inofensiva que a dita B. Ficou marcado novo encontro sem a presença do capataz.